sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Sem paz.


Eu sou uma tola, sem pulso pra corta, uma boba que não morre com veneno, sou uma idiota que não enxerga a luz, eu não consigo morrer, meu coração não consegue descansar, eu já morri, mas ele ainda insiste em lutar, pelo meu melhor, o melhor de mim. Eu nasci pra resistir ou pra ser abusada? Usada? Você não entende tudo o que eu tenho a dizer, isso doí, preciso de um refugio pra esconder o melhor de mim. Caras pintadas nas esquinas escuras querem acabar comigo, matar, me fazer sangrar, queimar o pouco que restou. Querem tirar o meu melhor. Eu virei outra pessoa... Eu preciso de outra coisa pra me enforcar, alguma coisa que não seja o seu laço, eu preciso de um herói pra me salvar, por favor que meu corpo não resista, me deixe morrer, me deixe sonhar, quero sentir o calor, preciso de uma faca agora. Você me ofereceu tantas coisas, esperanças, estão todas na minha mochila, esperando um lixo bem grande aonde eu possa arremessa-las para bem longe, são tantos sonhos, promessas sem uso, eu as devolvo se quiser. Seu laço está por todo o meu corpo, eu consigo me enforcar agora, meu corpo está pronto, minha mente me oferece vida ou morte, mas eu não consigo escolher, eu me recuso a desistir, eu preciso de mais, um novo amor, me diga aonde encontrar, me de um motivo pra viver, algo pra sorrir, algo pra escolher, me de um motivo pra tentar entender você. Eu devo confessar ou melhor me calar? É real essa dor que sinto? Ou é só um desespero para me suprir essa noite? A esperança dispara o meu coração partido, eu só queria um refugio para esconder o meu melhor, e quando pessoas como você chegasse... Então eu teria minha arma, nada me abalaria, afinal eu já morri uma vez.

Um comentário:

  1. o texto é muito bom... gostei sobretudo do final: "nada me abalaria, afinal eu já morri uma vez"

    Lindo mesmo...


    http://lapsosdeumamentebipolar.blogspot.com/2011/09/saudade.html

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