domingo, 11 de setembro de 2011

New moon.


Não consigo dormi essa noite, como se faltasse algo, como se faltasse sua voz sussurrando ao meu ouvido, algo que me fizesse dar gargalhadas, que fizesse me apaixonar, mas eu prometi pra mim mesma, nem mais um pio, nem mais uma palavra, já que tudo que eu digo se torna improprio, falso, infantil, egoísmo, repito, nem mais uma palavra. Você era minha lua nova, uma perfeição escondida na multidão, mas por algum motivo, seja lá qual for ele, eu te achei, não foi fácil. Acalme-se, ninguém aqui está reclamando, devagar você foi  tornando-se uma lua crescente, você cresceu e despertou algo dentro de mim, amorzinho. Tudo que eu queria era não ofuscar essa chama, seu olhar acabou se tornando os vícios dos meus olhos, eu não consiga desviar, estava na cara, todos perceberam, infelizmente isso eu não queria negar, só de pensar meus lábios formigam e minha boca grosseiramente enche de saliva. Como todo começo, o meu, o seu, o nosso foi uma droga, eu não conseguirá evitar todas aquelas vozes me dizendo o que fazer, eu as escutei inocentemente. Não saber o que fazer era frustrante, mas te perder uma vez foi bem construtivo, aquilo não iria se repetir, eu o queria e eu tentaria até que todas as opções se esgotassem. Lua cheia, você está perfeitamente aonde eu queria, sua voz é minha rotina, os sorrisos que eu facilmente arranco de você é a prova de que está tudo bem, eu não consigo falar outra coisa que não seja seu nome, todos conhecem meu novo assunto repetitivo. Intimidade é a consequência que arrancamos disso, não seja imprudente, eu não quero que você se vá. Eu conheço completamente você, estamos juntos, cheios de informações, informações o suficiente para nos mandar partir, para mostrar a nós que temos interesses diferentes, caminhos estreitos, palavras erradas, vozes falsas e mentiras, não vale mais a pena continuar. Lua minguante, os dias passam bem mais devagar sem você, mas eu tive que aprender me acostumar, eu me atarefo de coisas para não pensar, prometi a mim mesma, nem mais uma palavra, nem mais uma lágrima. Meus lábios secos se prendem uns nos outros, e rasgam-se lentamente para que eu possa pronunciar "Olá." Meu olhar para baixo esconde minha angustia, olheiras e tristeza, eu não sou a mesma, dizem que todos crescem após uma decepção, mas eu não esqueci ainda, todos os dias estou na janela pensando, esperando, imaginando se por algum motivo bobo você sentiria a minha falta. A raiva é o meu refugio para não voltar atrás, para não correr desesperadamente para seu abraço, seu colo, por que mentirás tanto? Talvez para se sentir satisfeito? Com seu ego acariciado? Você prometeu não me deixar partir e aqui estou eu jogada na cama de um hotel. Você disse que diria o quanto sou importante, mas desistirá rápido ao pronunciar o meu adeus. Você mentiu tanto, mas não cabe a mim citar cada estupidez em que eu tivera que acreditar. Eu não sinto mais nada, parte de mim esqueceu, abandonou, deixou tudo o que passamos para trás, mas meus lábios ainda continuam rachados, molhados rapidamente por um vinho barato. Amor, a lua não brilha sem o sol, então você se torna uma lua nova de novo, escondia, perdida, ofuscada no infinito. Você foi só um fase.

4 comentários:

  1. bem surpreendente heim, nao imaginei que terminaria assim.
    mas enfim, nunca imaginamos o fim, nao é mesmo?!

    mto bom o texto, me visite tb, qdo puder
    http://perguntaporque.blogspot.com/

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  2. o livro WE é excelente no trato do assunto...

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  3. Amei o texto, muito bem construído.
    Pena que eu não venho lendo os outros post...
    mas calma que com paciência eu leio ! ^^

    Beijos ;**

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  4. Gostei mto do seu blog *-* perfeito

    o meu é este:
    http://foreveryoungl.blogspot.com/

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